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125 Azul - Trovante =================== Ré Sol Foi sem mais nem menos Ré Sol Que um dia selei a 125 Azul Ré Sol Foi sem mais nem menos Ré Que me deu para arrancar Sol Sem destino nenhum. Foi sem graça nem pensando Na desgraça que entrei pelo calor Sem pendura que a vida já me foi dura Para insistir na companhia. O tempo não me diz nada Nem o homem da portagem À entrada da auto-estrada A ponte ficou deserta nem sei mesmo Se Lisboa não partiu para parte incerta. Viva o espaço que me fica pela frente E não me deixa recuar Sem paredes sem ter portas nem janelas Nem muros para derrubar. Mi- Dó Sol Talvez, um dia me encontre. Mi- Dó Sol Sim, talvez me encontre. Curiosamente, dou por mim pensando Onde isto tudo me vai levar De uma forma ou de outra há-de haver Uma hora para a vontade de parar Só que à frente o bailado do calor Vai-me arrastando para o vazio E com o ar na cara vou sentindo Desafios que nunca ninguém sentiu. Entre as dúvidas do que sou E onde quero chegar Um ponto preto quebra-me A solidão no olhar. Será que existe em mim Um passaporte para sonhar E a fúria de viver É a mesma fúria de acabar. Foi sem mais nem menos Que selei a 125 Azul Foi sem mais nem menos Que partiu sem destino nenhum Foi com esperança Sem ligar muita importância Aquilo que a vida quer Foi com força acabar por se encontrar Naquilo que ninguém quer. Mi- Dó Sol Mas Deus leva os que quer Mi- Dó Sol Só Deus tem os que ama.
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